Dê-mos voz aos mudos, o silêncio a quem se cala, a morte a quem vive e a vida a quem morre, num desespero tal de inversão da regularidade banal das coisas, que tornemos toda a lógica atormentadora, por ilusões e fracassos vários de mentes deturpados, percamos os valores que nos orgulham, os egos que nos sobreelevam a pele, vamos ganhar a pobreza da humildade, a mentira da verdade, a sorte da derrota e o desprezo da humilhação, faz sentido, afinal fazer sentido é ser exactamente o não sentido de existir, ser verdadeiro é ser mentira num futuro distante e ter razão é ninguém desconfiar de alternativas erróneas num determinado momento, espamos, o que nos mantém aqui satisfeitos na terra que nos viu nascer é exactamente a alegria, o gozo que nos dá, deturpar a razão e mentir, afinal,
A mentira surge da invenção da verdade,
O inverso surge de um certo,
E nós criamos o que quisermos,
Senhores da Ilusão
Em todas as ruas a felicidade, em todas as brechas esperança
Enquanto subsistirmos, a beleza nascerá nos reconditos negros da humanidade,
Fecha os olhos e verás,
Senhores da Escuridão.
Enquanto as flores se erguem do nada, os homens da virtude alheia,
A perfeição do imperfeito e a mentira da verdade,
Dá-me a mão e esquece-me
Senhoras da Solidão
quarta-feira, 4 de abril de 2012
The Edge
No pico da montanha dos altos cumes da solidão, hoje, sem dúvidas, sem qualquer margem para desconfianças, trata-se de sentir a pressa, o perigo de ter as tuas mãos nas minhas, o meu corpo no teu, estamos no cume, no ponto mais alto, agarra te à verdade de sermos nós os senhores do universo, os magos da sabedoria, os donos da verdade, no cume da glória, agarra-te a mim, olha o mundo, ri-te para ele porque estás comigo e, juntos, agora e sempre, estamos no ponto mais alto da vida humano, estamos um quando o mundo julga que somos dois.
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