A cada passo que damos, uma sentinela de facas pontiagudas se preparam para transpor as nossas costas, umas rápidas num gemido de dor, outras lentas, desfigurando penosamente a pele, abrindo-lhe brechas finas e longas, estrangulando a pouca vida que nos resta, cai-nos o fôlego, apaga-se a alma, caímos e o mundo colapsa, mesmo estando sentados.
Provamos o chão sem gosto, sem gesto, sem qualquer tipo de reacção, somos passado agora, estamos marcados agora, somos um azulejo para sempre eternizado naquele bocado de terra que se chama vida.
A faca sai, o sangue corre, a alma renasce,
Quem sabe se um dia teremos força para nos levantarmos...
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