Este sou eu, ou não tão eu, visto que a ausência de mim me define tanto como a minha própria presença, sou transparente ao mar, opaco ao sol, íntimos nos pequenos silêncios e profundo nos vagões de palavras, são escuro a quem não quer ver, transparente a quem me quer olhar, perfeito pelos contornos insinuantes de um pensamento confuso, tão confuso que nem sei se ele existe.
Entre o mar, as nuvens e eu, é todo perspectiva, é todo sinal de vagas e insinuantes ausências de estar,
Ausente em estar, presente em ser,
sou o decalque do que sobra nas vezes que não me basto.
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