Entro em Lisboa como quem abraça uma nova cidade, diariamente no carro, caminhamos sentados ao longo de penosos caminhos tortuosos, com paisagens de pneus e cheiros de gasodutos, abraça-mos a nova cidade eternamente velha, com lamaçais ocultos e velhos respingas em escadarias, em calçadas, em janelas partidas, sempre lá, sempre eternos, como a eternidade da cidade.
E o carro anda sozinho, os olhos esvoaçam pela paisagem, pelos carros, pelas pessoas e vejo:
como somos tão diferentes e vamos todos parar ao mesmo sítio.
Somos todos diferentes em direcção ao nosso destino
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