Velho e sentado nas rugas dos meus passos lentos, escrevo-te neste pequeno banco de um longiquo jardim, entre os passos de crianças que baloiçavam inocentes entre os baloiços ferrugentos e o escorrega alto de mais para as nossas pedras, depois aquando do primeiro toque na face, leve, sentida, com a leveza da palma da mão, uma pequena pena que por ti passou, libertou uma lágrima pura, cristalina, única, e, anos mais tarde, quando as nossas cabeças se uniram para ver o sonho da nossa perduração, por fim, o triste momento em que me sentei a teu lado na cama, Estás bem?, Sim, simplesmente feliz por estares comigo, sempre doce nas palavras, Respira, vive, não sou nada sem ti, Beija-me, Sempre.
Os nossos lábios já gastos de tanto se amarem cruzaram-se em suspiro, um simples toque, e o ar soltou-se todo de uma vez, os teus olhos empalideceram e o teu rosto despersonificou-se em cinzas enterradas na jarra do meu quarto.
Depois de tudo, neste mesmo banco, não choro, porque juntos estamos sempre,
Entre estares comigo e te ausentares, ausenta-te comigo e para sempre te amarei.
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